terça-feira, 28 de agosto de 2012
Café com Mattina...
Hoje acordei com uma grande vontade de compor!!
Estava tomando café e relendo uma matéria do JL e me senti mais "iluminado"...
Por um instante tive uma visão do Todo!! ...uma música quase inimaginável e imperceptível!!
Com certeza, era um sinal da "máquina impossível", uma espécie de fábrica de produção de música atual...
Isso é o que eu chamo de "composição instantânea", como tirar uma foto e ...ZAZ!!! Lá está registrado a imagem com todos os micro-detalhes (...e todas as suas possíveis pequenas-percepções..)
Agora, só tem um probleminha: sinto dizer, mas sinto que a Música não mais habita em minha memória, tal qual estava há alguns minutos em minha mente... tento lembrar das partes, dos detalhes, e cada vez me vem à cabeça uma imagem um pouco diferente... na verdade, a cada tentativa de lembrança, um diferencial se apresenta... uns mais parecidos com o original, já outros nem tanto...
Acho que a luz está se apagando, e o café já está completamente frio... e aquela vontade de compor já não é mais tão grande assim... onde está o erro? Simples, primeiro me desviei demasiado da composição em si e não segui a suas linhas tempo suficiente para fixar na memória os seus referenciais (perceptos e afectos) mais relevantes; segundo, ao invés de pegar uma caneta e um papel, fui ao computador tentar registrar aqui aquele momento de entusiasmo, ou seja: lição do dia: compor se compõe compondo.
“Mattina
M'illumino
d'immenso”
(Giuseppe Ungaretti)
(...este haicai será a epígrafe de uma peça para flauta solo <<sete manhãs>>, baseada no "fio dos dias"... em breve publicarei neste blog, não se percam...)
...enquanto isso, que tal ouvir um Scelsi? Pwyll (para flauta solo)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário